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Álvaro Adolfo Avelino HENRIQUES ®
(1849-1922)
Leonarda Cândida AVELINO ®
(1858-1941)
João Gomes BARBOSA ®
(1867-1958)
Cândida BARBOSA ®
(1871-1945)
António Adolfo Avelino HENRIQUES ®
(1893-1978)
Carlota de Medeiros Gomes BARBOSA
(1894-)

Octávio Emanuel Babosa HENRIQUES ®
(1938-2007)

 

Relações da família

Octávio Emanuel Babosa HENRIQUES ®

  • Nascimento: 11 Mar 1938, São Filipe, Fogo, Cabo Verde
  • Óbito: 17 Fev 2007, Lisboa, , Lisboa, Portugal com 68 anos de idade
  • Sepult.: 19 Fev 2007, Lisboa, , Lisboa, Portugal
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Símbolo  Notas sobre o funeral / cemitério:

Cemitério do Alto de São João, Lisboa

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Símbolo  Eventos de relevo na sua vida:

• O que se conta desta pessoa. Oficial Superior do Exercito Português. Foi promovido a Capitão nos primeiros meses de 1969. Coronel de Artilharia.
Breve historial da 1ª Companhia de Comandos Africanos (CCA) (Guiné-Portuguesa):
(i) 9 de Julho de 1969 - Início da organização da companhia, em Fá Mandinga, formada exclusivamente por naturais da Guiné e com base em anteriores grupos de comandos já existentes nos batalhões;
(ii) 6 de Fevereiro de 1970 - Início da sua instrução; instrutor: Capitão Art Barbosa Henriques, ex-comandante da 27ª CCmds;
(iii) 26 de Abril de 1970 - Cerimónia de juramento de bandeira em Bissau, na presença do COM-CHEFE.

Um grande homem que para lá das campanhas africanas, do Regimento de Comandos, prestou um enorme serviço ao País na PSP! No CI era conhecido como o Zé da Bóina porque usava a bóina encarnada dos Comandos! Por isso o marchar diferente do CI, semelhante ao dos Comandos (...).


O Meu Amigo, Barbosa Henriques
por Jorge Cabral
"Confesso que, quando em Janeiro de 1970 me informaram que os Comandos Africanos vinham completar a instrução em Fá [, destacamento à guarda do Pel Caç Nat 63], não fiquei nada satisfeito. Ali me encontrava desde Julho de 1969, com os meus soldados e famílias, vivendo uma pacífica rotina, só de quando em quando interrompida, com a chamada para alguma operação para os lados de Xime ou de Mansambo.
Em Fevereiro, e após a Engenharia ter preparado as instalações, chegaram os Comandos Africanos, e conheci o Capitão Barbosa Henriques. Talvez porque os contrários se atraem, logo entre nós se estabeleceu uma relação cordial que veio dar lugar a uma verdadeira amizade.
Comandante do Destacamento, dependendo apenas de Bambadinca, não alterei em nada a minha forma de estar, continuando a andar semi-vestido, e a passar longo tempo na Tabanca, mas não hesitei em oferecer toda a colaboração, tendo até ajudado na instrução e servido de cripto.
Como Comando-Instrutor, o Capitão Barbosa Henriques era duro, severo, espartano, quase um centurião. Teve porém sensibilidade para me compreender, apreciando e mesmo alinhando, nalgumas loucuras, daquele estranho alferes. Sei que, estando em Bolama, ainda falava do Cabral, e da declaração de Amor à D. Rosa, que eu diante dele recitei no Café das Libanesas, em Bafatá (1).
Nos anos de 72 e 73, em Lisboa, convivemos, frequentando o Parque Mayer, suas Revistas e Coristas. Calculem que até me quis convencer a meter o chico, para ser seu adjunto no Forte das Raposeiras, pois ambos pertencíamos à Arma de Artilharia. Creio que a última vez que o vi, foi em meados dos anos 80, quando almoçámos no Quartel onde estava colocado. Tinha boa memória, e recordou aquela vez que me havia pedido para fazer tiro de metralhadora a roçar a cabeça dos instruendos, e eu disparei tão alto que matei oito vacas na Tabanca de Biana.
- Bons tempos Cabral, consigo ia ficando maluco - disse-me então.
- E eu ia ficando Comando - retorqui ao meu único amigo Capitão.
Fora de Lisboa, não pude comparecer no funeral, mas a sua morte entristeceu-me, e é com saudade que lembro o Capitão Barbosa Henriques, meu Amigo.
Jorge Cabral"


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