José Hermano Baptista SARAIVA ®
(1919-2012)

 

Relações da família

Cônjuges/Filhos:
1. Maria de Lourdes Bettencourt de SÁ NOGUEIRA ®

José Hermano Baptista SARAIVA ®

  • Nascimento: 3 Out 1919, Leiria, , Leiria, Portugal
  • Casamento (1): Maria de Lourdes Bettencourt de SÁ NOGUEIRA ®
  • Óbito: 20 Jul 2012, Palmela, , Setúbal, Portugal com 92 anos de idade
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Símbolo  Eventos de relevo na sua vida:

• Nota biográfica. Nascido em Leiria, a 3 de Outubro de 1919, começou os seus estudos na cidade natal. Ingressou mais tarde na Universidade de Lisboa, onde se licenciou em Ciências Histórico-Filosóficas, em 1941, e em Ciências Jurídicas, em 1942.

Começou a sua carreira como professor, acrescentando depois ao seu currículo a advocacia. Entrada depois na política durante o Estado Novo, tendo em 1957 sido deputado à Assembleia Nacional e procurador às cortes. Ainda antes do 25 de Abril assumiu os cargos de procurador à Câmara Corporativa e ministro da Educação, entre 1968 e 1970, cargo no qual foi substituído por Veiga Simão após a crise académica de 1969. Em 1972 passaria a a ser o embaixador de Portugal em Brasília.

Depois do cargo diplomático, José Hermano Saraiva iniciou uma colaboração com a RTP em 1971 que se manteve até hoje. Primeiro com "Horizontes da Memória", depois com "Gente de Paz", "O Tempo e a Alma", "Histórias que o Tempo Apagou" e "A Alma e a Gente".

Um dos seus livros mais conhecidos é a "História concisa de Portugal", já na 25.ª edição, com um total de cerca de 180 mil exemplares vendidos. Editado pela primeira vez em 1978, este título foi já traduzido em espanhol, italiano, alemão, búlgaro e chinês.

José Hermano Saraiva dirigiu também uma outra História de Portugal em seis volumes, publicada em 1981 pelas Edições Alfa. Na área da História, José Hermano Saraiva publicou perto de 20 títulos, entre eles "Uma carta do Infante D. Henrique", "O tempo e alma", "Portugal - Os últimos 100 anos", "Vida ignorada de Camões" ou "Ditos portugueses dignos de memória".

O historiador foi distinguido com a Grã-Cruz da Ordem da Instrução Pública, a Grã-Cruz da Ordem do Mérito do Trabalho, a Comenda da Ordem de N. S. da Conceição de Vila Viçosa e a Grã-Cruz da Ordem de Rio Branco (Brasil).

• Nota biográfica: por Joana Costa, no semanário SOL. José Hermano Saraiva morreu aos 92 anos. Antigo ministro de Salazar e grande figura da televisão, gravou durante 40 anos programas onde divulgou a História de Portugal a várias gerações. Ainda hoje na ilha terceira, nos açores, há quem se lembre desse discurso de josé hermano saraiva, que morreu, aos 92 anos, na sua casa de palmela na sexta-feira passada. o comunicador de massas, que popularizou os programas de televisão sobre história de portugal, era então ministro da educação nacional de salazar e arrebataria, em 1969, os jovens estudantes da ilha com um discurso de uma única palavra.

A plateia estava à espera. e, com ar solene, hermano saraiva preparou-se para dar sobre aquela ilha açoriana. limitou-se a dizer interrogativamente: . a sala rebentou num aplauso, , recordou o historiador nas suas memórias, publicadas pelo sol em 2007.

Filmou quase até ao fim os programas sobre história de portugal que o tornaram conhecido por várias gerações numa colaboração com a rtp, que iniciou em 1972, com o tempo e a alma.

, recorda ao sol o produtor dos seus programas, josé antónio crespo, da videofono. gravava de improviso, sem um guião prévio. ligavam a câmara e o historiador falava: .

Como nos últimos tempos José Hermano já não conseguia ler, era o produtor que lhe relatava os dados bibliográficos necessários ao programa. a memória e a capacidade de representação faziam o resto: , conta josé antónio saraiva, director do sol, que herdou do tio e também padrinho o primeiro nome.

A capacidade de falar durante horas de improviso era uma das suas características. , lamenta josé antónio crespo. . e isso passava para o espectador. recebia dezenas de cartas por mês, até de crianças a contar que não perdiam os seus programas. Mas mesmo em família monopolizava as conversas: era o centro das atenções. falar com ele era fácil, dialogar nem por isso.

Advogado e deputado, nascido em leiria em 1919, teve uma vida longa e agitada. licenciado em histórico-filosóficas e em ciências jurídicas, foi professor e reitor de liceu, advogado, deputado, ministro da educação nacional de salazar e de marcello caetano, embaixador de portugal no brasil e autor de cinco séries de programas televisivos (o tempo e a alma/histórias que o tempo apagou/lendas e narrativas/horizontes da memória/a alma e a gente). Dirigiu ainda uma história de portugal em seis volumes (1983) e escreveu a história concisa de portugal, já na 25.ª edição, com um total de 180 mil exemplares vendidos.

Os tempos de namoro com maria de lourdes bettencourt de sá nogueira, professora de inglês e francês, com quem teve cinco filhos, todos rapazes, foram os de , escreveu nas suas memórias. durante os cinco anos de namoro, oferecia-lhe todos os dias um ramo de rosas brancas.

O filho António, médico já reformado do instituto de oncologia, recordou-o no dia do enterro como um bom pai, que educou os filhos <à moda antiga>, e era a figura central da vida famíliar.

Nenhum dos filhos lhe seguiu as pisadas como historiador. mas dois são licenciados em direito e advogados, como josé hermano, que durante a década de 40 exerceu advocacia num escritório na baixa lisboeta. depois optou pelo ensino, passando pelo liceu d. joão de castro, em lisboa, do qual foi reitor, e deu aulas no instituto superior de ciências sociais e políticas.

Mais tarde chega a deputado. em agosto de 1968, é chamado ao forte de santo antónio do estoril por salazar. queria convidá-lo para ministro da educação nacional. , admitiria.

Fascínio por salazar. O historiador nunca escondeu o seu fascínio pelo ditador. , recorda josé antónio crespo. foi o último ministro da educação do salazarismo e o primeiro do governo seguinte, liderado por de Marcello Caetano. E foi já no governo marcelista, que enfrentou a crise académica de coimbra, em 1969, ano que considerou da sua vida. a revolta dos estudantes obrigou saraiva a ordenar o fim das aulas em maio e foi a razão oficial para o seu afastamento do cargo por marcello caetano, em janeiro de 1970.

Adedicação à divulgação da história de Portugal ocuparia os restantes 40 anos da sua vida. depois de regressar de brasília, para onde partiu como embaixador em 1972, dedica-se à leitura, às viagens, à televisão e à escrita. e a uma outra paixão: a arquitectura. foi ele quem determinou quase tudo na enorme casa que construiu em palmela, cuja disposição mediu, passo a passo no terreno. nesta moradia, que foi recheando com antiguidades, muitas delas compradas quando viajou pelo país para fazer os seus programas de televisão, construiu também os seus gigantescos presépios. as milhares de figuras, que adquiria todos os anos em nápoles, distribuem-se por um antigo estábulo e um moinho mo jardim. foi nesta casa que acabou por morrer, na sexta-feira ao final da manhã, vítima de cancro. foi enterrado no cemitério da cidade.

joana.f.costa@sol.pt



• Foto casal.



• Foto - idade avançada, 2012.


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José casou com Maria de Lourdes Bettencourt de SÁ NOGUEIRA ®, filha de Rodrigo de SÁ NOGUEIRA ® e Maria Luisa Rodrigues de BETTENCOURT. (Maria de Lourdes Bettencourt de SÁ NOGUEIRA ® nasceu a 16 Mai 1918 em Lisboa, , Lisboa, Portugal e faleceu em †.)


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