seta
António da Silva GONÇALVES
Antónia Maria PINTO
? PINHEIRO
Ana Júlia Dias da SILVA
(1856-Cerca de 1927)
Roque da Silva GONÇALVES ®
(1867-)
Júlia da Conceição SILVA
(1871-Cerca de 1904)

António Aurélio da Silva GONÇALVES ®
(1901-1984)

 

Relações da família

António Aurélio da Silva GONÇALVES ®

  • Nascimento: 25 Set 1901, Mindelo, São Vicente, Cabo Verde
  • Óbito: 30 Set 1984, Mindelo, São Vicente, Cabo Verde com 83 anos de idade
  • Sepult.: Set 1984, Mindelo, São Vicente, Cabo Verde

Símbolo   António também usou o nome Toi.

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Símbolo  Notas sobre o óbito:

Faleceu vítima de um atropelamento.

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Símbolo  Eventos de relevo na sua vida:



• Nota biográfica:,. António Aurélio Gonçalves nasceu na cidade do Mindelo, ilha de São Vicente, a 25 de Setembro de 1901, onde viria a falecer, vítima de atropelamento, a 30 de Setembro de 1984. Concluídos os preparatórios do ensino liceal no antigo seminário-liceu de São Nicolau, seguiu para Portugal em 1917, onde permaneceu até aos inícios de 1939 e frequentou o ensino universitário, vindo, após algumas passagens por três faculdades, a concluir o curso de Histórico-Filosóficas na Faculdade de Letras de Lisboa. Nesta cidade, durante os vinte e dois anos que aí viveu, dedica-se intensamente à vida literária, tendo publicado, entre colaboração dispersa por alguns periódicos, um ensaio que ainda hoje se mantém actual: "Aspectos da Ironia de Eça de Queirós". Regressa a Cabo Verde e a par da actividade de professor do ensino liceal consagra-se à literatura de ficção. Novelista, crítico, ensaísta, figura de destaque das letras cabo-verdianas, com títulos publicados nestas diversas áreas, tem, reunidas em "Noite de Vento" algumas das narrativas mais conseguidas da literatura de Cabo Verde. O mesmo se aplica com toda a justiça a "Terra da Promissão".



• Foto jovem.



• Atividade desportiva: Mindelenses em idade madura que praticavam futebol (anos 50, sec. XX), em Mindelo, São Vicente, Cabo Verde>. Na fotografia ao lado, indo da nossa esquerda para a direita, encontramos:

De pé: · Daniel Leite · Aníbal Lopes da Silva · Aristides Martins · José Duarte Fonseca · Baltasar Lopes da Silva (de chapéu) · (?) · António Alfredo Miranda· Manuel Serra

Agachados: · António Pelópidas Almeida · (?) · Aguinaldo Fonseca · (?) · (?) · Aurélio Gonçalves (de chapéu) · Anildo Cohen



• Obra / Publicação: vários livros,,. Os dois contos aqui reunidos, que, como já vimos, alguns também classificam de novelas, haviam já saído separadamente, em 1956 (Pródiga) e 1957, tendo o autor publicado, posteriormente, ainda na área da ficção, Noite de Vento (1970) e Virgens Loucas (1971). Juntamente com alguns destes volumes saíram também os contos A Consulta e História de Tempo Antigo. Postumamente, foram editados os volumes Recaída (1993) e Terra da Promissão (1998). Na área do ensaio publicara Aspectos da Ironia de Eça de Queirós (1937) e A Centelha '96 Cadernos de Estudo (1938), saindo postumamente o volume Ensaios e Outros Escritos (1998).

Pródiga é um conto cujo título claramente indica que o seu enredo se baseia na célebre parábola bíblica do regresso a casa do filho pródigo. Aqui é Xandinha que, depois de atravessar o purgatório de uma vida sofrida - um namoro contestado pela mãe, a gravidez que resulta num filho falecido pouco depois, a separação do pai desse filho com quem não chegara a casar, um abandono à vida fácil que marinheiros e outros homens proporcionavam às mulheres do Mindelo, regressa, ainda jovem, a casa de sua mãe, Nhâ Ludovina, e irmãs, Isabel e Augusta.

É também uma narrativa que traduz certo destino incontornável de algumas mulheres, pois Nhâ Ludovina havia sido mãe-solteira, tal como as suas filhas vieles estavam a ser, sem que isso afecte a sua noção de família e unidade.

O conto O Enterro de Nhâ Candinha Sena desenvolve-se através da revisitação da infância como espaço de afecto e serve de leit-motiv para abordar a saída do arquipélago como uma inevitabilidade que acaba quase sempre por confluir para outra inevitabilidade - o saudoso regresso definitivo a Cabo Verde.

A aridez de alguns recantos da ilha e os aspectos quase insuportáveis do clima acabam por ser contrabalançados, aqui, por aquilo que de melhor o autor encontra em Cabo Verde - a vivacidade das personagens, o ambiente familiar, o convidativo enredar de todas as vidas, presentes e passadas, num inesquecível conjunto que surge como paradigma da perene vivacidade das gentes e memórias cabo-verdianas.



• Estudante: da Faculdade de Letras, a 30 Dez 1931, em Lisboa, , Lisboa, Portugal. Participou, na data indicada, num banquete de confraternização dos estudantes cabo-verdianos.

Ver ao lado um extrato da nota publicada no nº23 do quinzenário "Notícias de Cabo Verde" de 23.01.1932
N.B.: Os nomes realçados e assinalados no recorte são de pessoas com páginas próprias neste site genealógico.



• Foto em grupo: entre amigos da elite intelectual da época, cerca de 1950.
Legenda - Começando pela nossa esquerda: · Jaime de Figueiredo, · António Aurélio Gonçalves , ·Guilherme Chantre ,· Manuel Serra , · Jorge Barbosa e · Baltasar Lopes
NB: estes dois últimos foram co-fundadores da revista Claridade



• Atividade literária: foi colaborador no nº9 da Revista CLARIDADE, em Dez 1960, em Mindelo, São Vicente, Cabo Verde.
NB-1: Apresentamos em seguida a capa e o índice do N.º 9 (último nº da revista) gentilmente divulgados por Joaquim Saial no seu site "Praia de Bote". Com a devida vénia, eis a seguir, um extrato do publicado por Saial (AQUI). Poderá consultar no "Praia de Bote" as capas e os índices dos 9 números da revista Claridade (1936-1960), que segundo Saial: "Fica assim aberto ao público o presente acervo, facilitador para quem estuda estes assuntos e que, ao que supomos, não existe noutro local da internet"
NB-2: todos cujos nomes comportam um link, têm uma página genealógica nesta árvore, acedida por esse link.

Propriedade do Grupo "Claridade"; Director: João Lopes; Editor: Joaquim Tolentino (com a habilitação legal) - Administração em S. Vicente de Cabo Verde; Composto e Impresso na Sociedade de Tipografia e Publicidade, Lda. - S. Vicente, Rua Brites de Almeida, n.º 12 [sem indicação de preço, agora com 84 páginas, o maior número de sempre]
Textos e colaborações:
- Capa: Carregadeiras, linóleo, de Abílio Duarte [Neste derradeiro número de "Claridade", pela primeira vez surgem ilustrações: esta e uma outra, de Rogério Leitão, na página 70]
- Páginas 2 a 5: História do Tempo Antigo, de António Aurélio Gonçalves
- Páginas 5 a 10: Beira do Cais, de Virgínio Melo [trata-se de Teobaldo Virgínio, que editará este conto em livro do mesmo nome, juntamente com "Ondê Menina, Ondê Vaidade" e "Colóquios de Aldeia" num livrinho da Colecção Imbondeiro, Publicações Imbondeiro, Sá da Bandeira, Angola, em Março de 1963. Curiosamente, é o último livro que entrou na nossa biblioteca cabo-verdiana, há três dias, apenas]
- Páginas 10 a 12: Titina, de Virgílio Pires
- Páginas 12 a 15: Noite, de Viirgílio Pires
- Páginas 15 a 23: Cantigas de Ana Procópio, de Félix Monteiro
- Página 24: Girasol [poema], de Corsino Fortes
- Página 25: Vendeta [poema], de Corsino Fortes
- Página 26: Pecado Original [poema], de Corsino Fortes
- Página 27: Meio-Dia [poema], de Corsino Fortes
- Página 28: Paixão [poema], de Corsino Fortes
- Páginas 29 e 30: Noite de S. Silvestre [poema], de Corsino Fortes
- Páginas 31 a 33: Roteiro da Rua de Lisboa. Poema n.º 4. Nocturno, de Jorge Barbosa
- Página 34: In Memoriam de Belarmino de Nhô Talef [poema], de Ovídio Martins
- Página 35: Desesperança [poema], de Ovídio Martins
- Páginas 36 e 37: Historieta [poema], de Francisco Mascarenhas
- Páginas 37 e 38: Desencontro [poema], de Virgínio Melo [Teobaldo Virgínio, como vimos]
- Páginas 38 e 39: Vinte e Quatro Horas [poema], de Virgínio Melo
- Página 39: Roteiro [poema], de Virgínio Melo
- Página 40: Agora e Eu [poema], de Virgínio Melo
- Página 41: Testamento Para o Dia Claro [poema], de Arnaldo França
- Página 42: Soneto [poema], de Arnaldo França
- Páginas 43 a 50: A Família de Aniceto Brasão, de Henrique Teixeira de Sousa
- Páginas 51 a 57: O Resgate, de Francisco Lopes
- Páginas 58 a 60: Pedacinho, de Baltasar Lopes
- Páginas 60 a 63: Egídio e Job, de Baltasar Lopes
- Páginas 64 a 69: A Originalidade Humana de Cabo Verde, de Pedro de Sousa Lobo
- Página 70: Linóleo de Rogério Leitão [mulher a pilar o milho]
- Páginas 71 e 72: Cutchidêra lá di Fora [poema em crioulo], de Jorge Pedro
- Páginas 72 a 74: Nha Tabaquêro [poema em crioulo], de Jorge Pedro
- Páginas 75 e 76: Texto português dos dois poemas de Jorge Pedro
- Página 77: Fonte de nha Sodade [poema em crioulo], de Sérgio Frusoni
- Páginas 77 e 78: Tempo Feliz [poema em crioulo], de Sérgio Frusoni
- Páginas 79 e 80: Texto português dos dois poemas de Sérgio Frusoni
- Páginas 81e 82: Texto anónimo de antecipação sobre este colóquio inserido no programa do V Centenário do Descobrimento de Cabo Verde
- Página 83: Registo. [um interessante texto anónimo]
- Página 84: Túnica [poema],de Osvaldo Alcântara [Baltasar Lops]



• Foto em grupo: entre intelectuais e ilustres da época.
· Em cima, da nossa esq/direita: · Jorge Barbosa, · Manuel Serra, · Baltazar Lopes da Silva e · José Fonseca.
· Em baixo da nossa esq/direita: · Mário Barbosa, · Grégorio Chantre e cá em baixo nho Roque · (António Aurélio Gonçalves)



• Foto - idade avançada:,.

• Nota biográfica: constante no site da Academia Cabo-verdiana de Letras,,. Em virtude de ser patrono da cátedra nº 15 das 40 desta Academia

"Conhecido como "Nho Roque", nasceu no Mindelo a 25 de Setembro de 1901 e morreu na mesma cidade a 30 de Setembro de 1984, atropelado por um carro. Filho de Roque da Silva Gonçales e XXX, depois de frequentar o seminário de São Nicolau, foi para Lisboa em 1917 para estudar medicina. Após dois anos, ele se redirecionou para as Belas Artes, depois para a História e a Filosofia. Ele não voltou a Cabo Verde até 1939. Lá, tornou-se professor de história e filosofia na Escola Secundária Gil Eanes, bem como na Escola Técnica Mindelo. Ao mesmo tempo, ele trabalhava como escritor e crítico. Sua fama lhe valeu uma rua em seu nome no Mindelo, assim como um parque, o Parque Nhô Roque, localizado perto da Avenida Marginal. Além disso, aparece nas notas de 1.000 escudo cabo-verdiano colocadas em circulação em 2007 e 2014, ainda hoje está em circulação, bem como num selo postal. Finalmente, na Praia, foi criado um instituto em seu nome: o Instituto António Aurélio Gonçalves."



• Atividade literária: escritor.
Leia mais (em língua francesa) aqui.
NB: A página indicada faz parte de um "site qui est réalisé par Christophe Chazalon à partir de mai 2018".



• Foto em grupo: Jantar em homenagem a Bento Levy, em 1961, em Mindelo, São Vicente, Cabo Verde.
Começando pela nossa esquerda: · Jorge Barbosa , ·Guilherme Chantre · Bento Levy (deputado e director do "Cabo Verde" - Boletim de Propaganda e Informação), · José Duarte Fonseca, · Henrique Santa Rita Vieira , · Comandante Sousa Machado (Capitão dos Portos), · Baltasar Lopes da Silva, · Júlio Monteiro, · Manuel Serra e · António Aurélio Gonçalves.



• Foi sepultado no Cemiterio Municipal do Mindelo.



• Sepultura/Campa: 1984, em Mindelo, São Vicente, Cabo Verde.



• Homenagem/Louvor/Reconhecimento: selo comemorativo.



• Homenagem/Louvor/Reconhecimento: Nota emitida pelo Banco de Cabo Verde, em 2007. Dimensão: 136 X 66 mm
Cor Predominante: Púrpura
Papel: Fibra fluorescente, 100% algodão


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